Você já se sentiu apenas como um número no mundo corporativo? Já ouviu que "manda quem pode e obedece quem tem juízo"? Essas frases refletem uma realidade que muitos encaram como imutável. Mas será que é mesmo? Convidamos você a questionar o que parece "natural" no ambiente de trabalho e a explorar conosco possibilidades de transformação.
"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar." Bertolt Brecht
A poesia inteligente e crítica de Brecht nos inspirou a escrever esse breve artigo sobre alguns aspectos do mundo do trabalho. Esperamos que goste!
Possivelmente você já ouviu (ou até falou!) frases como: “o mundo corporativo é assim mesmo, não há como mudar”; “não somos vistos como pessoas, somos números"; “manda quem pode e obedece quem tem juízo”; tem que trabalhar pra matar um leão por dia”; etc.
Nós entendemos que em muitas empresas (provavelmente a maioria) essa é a realidade posta, mas um primeiro e importante passo é pararmos de naturalizar as mazelas vivenciadas no mundo corporativo. Se pararmos para pensar que passamos as horas mais nobres do nosso dia no trabalho, seja presencial, híbrido ou remoto, podermos vivenciar ambientes seguros, onde podemos ser nós mesmos para desenvolver nossas potencialidades, não deveria ser uma exceção, certo?! Mas é…
Até percebemos alguns movimentos de mudança de empresas buscando serem melhores lugares para se trabalhar, humanizadas (inclusive, precisamos falar mais sobre esse termo que vem sendo "sequestrado”, mas fica pro próximo artigo), que nos indicam uma intenção de não termos mais o futuro repetindo o passado, mas esse “museu de grandes novidades” que é o mercado de trabalho sempre nos surpreende (só dar uma passadinha no Glassdoor pra entender melhor o que estamos dizendo).
Os "itens em exposição" vão de casos como o do restaurante estadunidense que foi condenado a indenizar mais de 30 funcionários depois de forçá-los a se confessarem para um falso padre (imagine se a moda pega?), até a demissão humanizada com envio de cesta de chocolate que viralizou no LinkedIn.
Sabemos que a transformação pode parecer distante, que o caminho é cheio de percalços, mas estamos aqui, esperançando, e por isso nos unimos na Fluxus para: promover mudanças reais através da educação; nos conectar e apoiar cada vez mais pessoas por meio da construção de relações de confiança sólidas; e impactar para gerar o valor que passa por melhores resultados e performance, mas que também permite experienciar uma nova forma de se relacionar com o trabalho. Vamos ter bastante tempo pra conversar mais sobre tudo isso.
Se você se interessa por temáticas como a que trouxemos, é só nos acompanhar por aqui.
Referências e inspirações: Bertolt Brecht. Antologia poética. Rio de Janeiro: ELO Editora, 1982 ; Canção “O Tempo Não Para”, eternizada pelo Cazuza; Reportagem Revista Fórum “Restaurante contrata 'falso padre' para ouvir confissões de pecados de funcionários” de jun/2023